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Habitação Vistos 'gold' representaram 270 milhões em imobiliário em 2013
O ano do imobiliário de 2013 ficou marcado pelos 270 milhões de euros investidos no âmbito do programa vistos ‘gold’, sobretudo em habitação, enquanto se somaram mais de 300 milhões de euros no mercado fundamentalmente comercial, segundo uma consultora. Em declarações à agência Lusa, o diretor-geral da Jones Lang LaSalle, Pedro Lancastre, precisou que 270 milhões de euros dizem respeito a cerca de 400 vistos ‘gold’. PUB “É uma novidade do ano. No ano passado (2012) não acontecia.
"É uma novidade do ano. No ano passado (2012) não acontecia. É uma nova tendência e foram 400 vendas que não teriam sido feitas, se este programa não estivesse em vigor e foram 270 milhões de euros que entraram no país", notou o responsável da consultora.
A atribuição dos vistos 'gold' impõe que a atividade de investimento, promovida por um indivíduo ou uma sociedade seja desenvolvida por um período mínimo de cinco anos em Portugal, prevendo-se várias opções, em que se incluem a transferência de capital num montante igual ou superior a um milhão de euros, a criação de pelo menos dez postos de trabalho ou a compra de imóveis num valor mínimo de 500 mil euros.
No total, Portugal concedeu até final de dezembro 471 vistos 'gold', que se traduzem num volume de investimento de 306,7 milhões de euros no país, segundo fonte oficial do gabinete do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.
Pedro Lancastre disse que o investimento estrangeiro aconteceu em 2013 porque o país "recuperou a credibilidade e estabilidade".
"Houve uma grande alteração de confiança e de credibilidade de Portugal do primeiro para o segundo semestre: os índices macroeconómicos começaram a melhorar, a incerteza, se se mantinha ou não no euro começou a dissipar-se, e isso fez com que os investidores internacionais começassem a olhar outra vez para Portugal com atenção", disse.
Os 300 milhões de euros de investimentos no imobiliário aconteceram fundamentalmente por investidores mais institucionais, em escritórios, armazéns ou retalho.
O responsável analisou que grande parte das transações foi feita com "fundos próprios" e não com o financiamento dos bancos, o que "é positivo, mas também negativo porque se os bancos ajudassem em vez de 300 milhões, se calhar estávamos a falar de 600 milhões de euros".
Em resumo, Pedro Lancastre referiu que 2013 ficou marcado pela duplicação do volume de investimento imobiliário em Portugal.
"É o ano dos 'golden visas', com 270 milhões de euros de investimento estrangeiro a ser efetuado em Portugal, e do comércio de rua", uma vez que cada vez mais marcas internacionais mostraram interesse em abrir lojas em Lisboa, nomeadamente na Avenida da Liberdade, Chiado e Príncipe Real.
O ano de 2013 também fica marcado pelo Turismo, com todos os indicadores a crescerem.
Em termos negativos, o responsável destacou a pouca transação de escritórios, ao apenas se terem transacionado 78 mil metros quadrados.
Os resultados da empresa aumentaram em 30%, de uma "base muito razoável para bastante".
01-01-1900